quinta-feira, 18 de abril de 2013

Consumo frequente de álcool cresceu 20% nos últimos seis anos




Levantamento aponta que a ingestão nociva de bebidas alcoólicas teve aumento de 30%. As mulheres estão no grupo com maiores riscos


 O número de brasileiros que ingerem bebida alcoólica frequentemente (uma vez por semana ou mais) aumentou 20% nos últimos seis anos — subiu de 45% para 54% entre bebedores. Os dados fazem parte da segunda edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado nesta quarta-feira pela Universidade Paulista de Medicina (Unifesp). Segundo o estudo, metade da população brasileira não consome bebida alcoólica em nenhuma circunstância. Mas, dentro da outra metade (48%) que é consumidora, a ingestão nociva da bebida sofreu um aumento de 30%.

Na primeira edição do Lenad, em 2006, 45% dos brasileiros que bebem afirmaram consumir bebidas alcoólicas pelo menos uma vez na semana. Em 2012, esse número saltou para 54%, um aumento de 20%. Proporcionalmente, o aumento no consumo foi mais expressivo entre as mulheres que bebem. Em 2006, 29% delas consumiam a bebida frequentemente. Em 2012, o número subiu para 39% — um aumento de 34,5%. “Uma hipótese para esse aumento no grupo feminino pode ser o maior número das publicidades voltadas para mulheres”, diz Ronaldo Laranjeira, coordenador do levantamento e professor da Unifesp.
As mulheres são ainda o grupo que apresenta maiores riscos em relação ao beber de forma nociva (alto consumo de álcool em um curto período de tempo). O beber em binge, termo em inglês usado para caracterizar o consumo de grandes quantidades de álcool (4 doses para mulheres, 5 para homens) em um curto espaço de tempo (cerca de duas horas), também teve um aumento maior entre elas. Em 2006, 36% das mulheres que consumiam álcool relataram beber em binge. Em 2012, esse número subiu para 49%, um salto proporcional de 36% — dentro da população total que consome álcool o aumento foi de 31,1%. De acordo com a pesquisa, o aumento no consumo entre as pessoas que já bebiam álcool pode ser relacionada a uma melhor condição financeira. "A população, em geral, subiu uma classe social. Quem não bebe, investiu esse dinheiro em outras coisas. Quem já bebia, acabou bebendo mais", diz Laranjeira.

Fonte: Revista Veja

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